Nas diversas mídias, temos acesso a todo momento a informações sobre o assunto, em formato de notícias, de entrevistas, de artigos, de debates, de comentários críticos...
           Nos diversos ambientes sociais em que pessoas estão agrupadas com diferentes objetivos (trabalhar, ter lazer, conviver, buscar recurso...) esse tema é comumente debatido, sendo as causas percebidas de modos diferentes, mas a gravidade do fato compreendida de modo comum.
           Entre os próprios estudantes, ele é voz corrente. Há consciência dominante sobre sua existência, sendo as causas percebidas de modo difuso, especialmente no que se refere às responsabilidades deles próprios com a situação.
           O reconhecimento do problema tem feito com que órgãos oficiais estejam a realizar avaliações continuadas do desempenho em compreensão leitora dos jovens estudantes. Em todas essas avaliações, os escores alcançados são muito baixos, indicando que a competência leitora desse público não pode ser considerada sequer regular.
           O PISA (Programa de Avaliação Internacional de Estudantes) da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é um desses modos de avaliação, consistindo num programa internacional de pesquisa trienal de competências de estudantes na faixa dos 15 anos de idade. Em 2006, participaram dessa avaliação 57 países, sendo que, no Brasil, realizaram a prova 9295 alunos de escolas de todos os estados. Os países que apresentaram médias mais altas em leitura foram Coréia (556 pontos), Finlândia (547 pontos) e China (536 pontos). Os alunos brasileiros, por sua vez, alcançaram a média de 393 pontos, sendo ainda um resultado inferior ao do PISA 2003, quando a média foi de 403 pontos, o que coloca o Brasil nas últimas posições no ranking internacional de competência em leitura. Em 2009, o PISA envolveu estudantes de 66 países. O Brasil, mesmo melhorando sua posição, ainda se coloca no 55º lugar, tendo