Sendo assim, o conceito de coerência, considerado no primeiro parágrafo deste capítulo, e considerado pela maioria dos falantes – aquele relacionado à moral – não é de um todo descartável para a construção do conceito de coerência em linguagem. Para fins moralizantes, ter coerência pode ser não se contradizer, ou não contradizer as ideias já defendidas em algum momento; pode ser um sentimento de unidade com alguém ou com alguma causa, buscando com isso integração, compatibilidade entre elementos para a formação de um todo único, tanto no campo das ideias, como no das decisões, como no dos argumentos...
Espera-se que o(s) leitor(es) já tenha(m) percebido que esses mesmos conceitos podem ser utilizados em linguagem, onde o todo único que se busca é o texto, suas informações, suas partes bem interligadas.
Chegou-se, portanto, ao fim de uma rápida caminhada da aplicabilidade de um conceito no mundo até sua aplicabilidade na educação. Coerência, tão necessária nos dias hodiernos, é também muito buscada nos escritos modernos de alunos de todos os níveis de educação. Espera-se que, partindo da teoria apresentada e de suas possibilidades de execução prática, pelo menos para a necessidade de coerência na educação, possa-se contribuir.
Para concluir o caminho da prática ao conceito, aqui trilhado em breves passos, cita-se a origem da palavra “coerência”. O termo vem do verbo latino COHAERERE (manter junto, unir) que deu origem à palavra cohaerentia (de mesma significação).