A Teoria dos Sentimentos Morais
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Imagem: Wikimedia Commons
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A Teoria dos Sentimentos Morais é o primeiro livro do economista Adam Smith e expõe a sua visão sobre a moral, servindo de base para os trabalhos posteriores do autor.
Para Smith, o homem age primeiramente para a realização de seu interesse próprio. Ainda assim, todos nós, mesmo os “maiores violadores das leis da sociedade”, somos capazes de sentir solidariedade pelo próximo. Essa solidariedade, chamada pelo autor de “simpatia”, tem origem na capacidade de nos enxergarmos na situação do outro e, assim, imaginar o seu sentimento. Por isso, a benevolência pode se desenvolver naturalmente no comportamento social.
Veja abaixo três ideias centrais da Teoria dos Sentimentos Morais.
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1.
A Justiça é a instituição mais importante para o convívio social. O papel mais importante de um governo é a proteção de direitos naturais como a vida, a liberdade e a propriedade.
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2.
A beneficência, embora desejável, não é um pré-requisito para uma sociedade ser considerada justa. O envolvimento do governo na beneficência é desnecessário e pode, inclusive, desviar o comportamento beneficente natural da sociedade.
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3.
Smith chama a consciência individual de “espectador”. Quando julgamos as nossas próprias ações ou as ações dos outros de um ponto de vista imparcial, distante, estamos exercitando essa visão do espectador. Ela serve como contraponto à simpatia.