Em linhas gerais, pode-se dizer que os tipos textuais definem-se como segue:

          • narração: os processos cognitivos envolvidos na produção de um texto que envolva narração se fazem no sentido de apresentar um evento ou fato, verdadeiro ou fictício. O tipo textual de narração está intimamente ligado ao ato de contar uma história. Conforme Marcuschi (2002, p.28), a narração tem, geralmente, um verbo de mudança no passado, um circunstancial de tempo e de lugar.

          • argumentação: nesse tipo de texto, por outro lado, os processos cognitivos trabalham no sentido de defender, através de argumentos, o ponto de vista do falante/autor. Aqui, ponto de vista significa uma dada opinião para algum acontecimento ou fato. Nesse tipo de texto os argumentos devem concorrer no convencimento de alguém/leitor ou na conclusão que se deseja obter de terceiros. Marcuschi (2002, p.28) afirma que a argumentação apresenta, geralmente, a forma verbal com o verbo ser no presente e um complemento.

           • exposição: nessa ocorrência de texto, os processos cognitivos desenvolvem estratégias de escrita no sentido de expor, de apresentar um assunto ou informação. É uma elucidação de um dado tópico, com as devidas explicações. Conforme Marcuschi (2002, p.28), a exposição pode ser de dois tipos: sindética (feita através da coordenação de duas orações conectadas por um conector) pelo processo da composição ou analítica pelo processo de decomposição. Trata de identificar fenômenos ou de relacionar fenômenos.

          • descrição: aqui os processos cognitivos desenvolvem uma representação linguística de aspectos externos de entidades, como seres ou coisas. Praticamente qualquer item do mundo atual pode ser descrito, desde objetos e ambientes a instituições, personagens e pessoas. Segundo Marcuschi (2002, p.28), a descrição tem uma estrutura simples com um verbo estático no presente ou imperfeito, um complemento e uma indicação circunstancial de lugar.