Autores como Smith (1987) e Palincsar e Brown (1984) distinguem os leitores hábeis dos leitores menos hábeis através da forma como controlam as referidas estratégias. Os bons leitores utilizam estratégias adequadas, deliberadas e automáticas. Pelo contrário, os considerados maus leitores não conseguem utilizar estas estratégias, o que torna o processo de leitura lento, moroso e sem qualquer tipo de automatismo. São as estratégias de leitura que facilitam, ao leitor, a compreensão do texto. Estratégias essas que se desenvolvem e modificam-se durante o processamento da leitura.
Por isso, é importante instaurar uma cultura de leitores, cabendo à academia dar sua contribuição. A sociedade em que vivemos exige leitores autônomos e reflexivos capazes de recorrerem a estratégias de leitura que Goodman (1990) define como esquemas devidamente organizados que permitem obter, avaliar e usar a informação.
Referências
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 23ªed. São Paulo: Cortez, 1989. Disponível em: www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/A_ importancia_do_ato_de_ler.pdf. Acesso em 13 de fevereiro de 2011.
FREIRE, Paulo; MACEDO, Donaldo. Alfabetização: leitura do mundo, leitura da palavra. São Paulo: Paz e Terra, 1990.
GERALDI, J. Wanderley. Prática da leitura de textos na escola. In: GERALDI, J.W.(Org.) O texto na sala de aula - leitura e produção. Cascavel: Assoeste, 1984. p. 77-88.
GOMBERT, Jean Émile. Metalinguistic development. Chicago: The University of Chicago Press, 1992.
62
|