o escritor apresente as suas idéias de forma organizada, contribuindo, assim, para a compreensão do seu interlocutor. Desse modo, além da apresentação de informações conectadas entre si, formando uma unidade de significado, as relações entre os elementos constituintes dessas informações também são de extrema importância, estabelecendo, consequentemente, relações de sentido entre os elementos dispostos no texto.
Para Beaugrande e Dressler (1983), é a textualidade que melhor define o processo descrito acima. Nesse sentido, alguns padrões de textualidade são estabelecidos com o objetivo de ilustrar a relação entre falante/escritor e ouvinte/leitor: situacionalidade, intencionalidade, aceitabilidade, informatividade e intertextualidade.
Na concepção de Koch e Travaglia (1993), o que diferencia um texto de um amontoado aleatório de frases ou palavras é a textualidade ou textura. É a textualidade, portanto, a responsável pela efetiva realização e, consequentemente, compreensão de um texto como uma unidade portadora de sentido.
A textualidade, no entanto, depende fortemente, para sua realização, da coerência (reconhecimento de um texto como uma unidade de sentido) e da coesão (relações estabelecidas entre elementos e/ou partes do texto, por meio de recursos linguísticos essenciais para a construção do seu sentido).
A coesão constituir-se-á como ponto de partida para a o entendimento da construção do sentido do texto e, consequentemente, para o desenvolvimento da competência comunicativa dos alunos em período escolar, e será desenvolvida no tópico seguinte.
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