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4.2 Coesão textual

            Neste tópico é apresentada, no primeiro momento, a concepção de coesão. Em seguida, são apresentadas categorias de coesão de acordo com Halliday e Hasan (1976), bem como a exemplificação de cada uma na Língua Portuguesa.

4.2.1 Coesão: concepção

           A coesão é caracterizada pela presença de itens linguísticos dispostos linearmente na superfície do texto que, relacionados entre si, contribuem para o desenvolvimento proposicional, auxiliando o leitor durante o processamento da leitura.
           Devido ao seu caráter organizacional ela é considerada sintática, mas também semântica de acordo com Halliday e Hasan (1976), que embasam o presente capítulo.
           Os autores consideram que a coesão é a relação semântica entre elementos do texto, de modo que, para a compreensão de um, haja a recorrência a outro elemento anterior, ou posterior, ou subjacente. Nesse sentido, é a relação de significado existente entre os elementos linguísticos do texto que fazem dele um texto e não um aglomerado de elementos dispostos em uma sequência.
           Para Halliday e Hasan (1976) a coesão consiste em uma relação semântica, mas faz parte do sistema de uma língua porque se desenvolve, como todos os elementos do sistema semântico, a partir do sistema léxico-gramatical. Nesse sentido, há formas de coesão realizadas por meio da gramática e outras por meio do léxico.
           Os autores, que aqui dão suporte, classificam a coesão em dois tipos de acordo com os elementos envolvidos e o modo como eles se relacionam no texto: coesão lexical (uso do vocabulário) e coesão gramatical (uso de elementos gramaticais). Essas categorias de coesão são apresentadas mais detalhadamente a seguir.





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