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6.2 E fizeram-se os gêneros pelos tipos textuais...

           Diversos autores já escreveram sobre esse tema e diversas conceituações existem e são igualmente válidas, dependendo do argumento de defesa de cada tese. Para que se possa selecionar a mais adequada conceituação, convém apresentar algumas, dentre as mais conhecidas, seja de autores brasileiros, seja de autores estrangeiros.
           Jean-Paul Bronckart (2003, p. 57) cria uma conceituação de gênero propondo o seguinte: “Os textos são sequências organizadas de comportamentos verbais, orais ou escritos, que são atribuíveis a um agente singular, num contexto determinado de ação”. Mais adiante, estabelece a seguinte proposição: “Todo exemplar de texto (ou texto empírico) pode então ser definido como uma entidade linguística correspondente, por um lado, à unidade psicológica que constitui a ação linguageira, e elaborada, por outro lado, em interação com um dos modelos de gêneros disponíveis em um dado estado da língua” (BRONCKART, 2003, p. 61).
           John M. Swales, em seu Genre Analysis: English in academic and research settings (1990), procura por uma definição de gênero que ponha fim às considerações somente formais ou com base em características que se repetem (uma fórmula textual):

           Um gênero compreende uma classe de eventos comunicativos, cujos exemplares compartilham os mesmos propósitos comunicativos. Esses propósitos são reconhecidos pelos membros mais experientes da comunidade discursiva original e, portanto, constituem a razão do gênero. A razão subjacente dá o contorno da estrutura esquemática do discurso e influencia e restringe as escolhas de conteúdo e estilo.


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