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O argumento acima está de acordo com a afirmação de Geraldi (1984) de que a escola não está dando conta das três funções básicas da leitura: a leitura-deleite ou fruição, a leitura para aquisição de informações e a leitura para estudo e trabalho.
           Etimologicamente, ler deriva do latim lego ou legere, que significa recolher, apanhar, escolher, captar com os olhos. Hoje, diferentes acepções de leitura permeiam o mundo acadêmico. Para Paulo Freire a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra (1989), ou seja, nesse sentido a leitura é a capacidade de perceber-se socialmente no mundo com suas virtudes e mazelas.
           Embora o conceito de leitura possa ser amplo, o assumido aqui é o de leitura da língua escrita sob a perspectiva cognitiva. Nesse sentido, a leitura não depende somente da decodificação de símbolos gráficos, mas de todo o contexto ligado à história de vida de cada indivíduo, para que este possa relacionar seus conhecimentos prévios com o conteúdo do texto, e dessa forma reconstruir o sentido pretendido pelo escritor (POSSEBON, 2008).
           Na formação de cada cidadão, bem como de um povo, a leitura é de máxima importância, representando papel essencial, pois se revela como uma das vias no processo de construção do conhecimento, como fonte de informação e formação cultural. Além disso, neurocientistas, como Iván Izquierdo (2002), apontam a leitura como benéfica à saúde, pois ativa e exercita múltiplos núcleos neuroniais.
           Dentre os benefícios da leitura podem-se citar: a) amplia o vocabulário (GUARESI, 2004) e organiza o pensamento numa sequência lógica; b) estimula a fantasia e a criatividade; c) ajuda a criança a elaborar e refletir sobre seus medos; d) ajuda a criança a desenvolver posicionamento crítico, responsável e construtivo nas diferentes situações sociais. O sucesso escolar depende em grande parte do domínio da habilidade da leitura.



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