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           Para Smith (1989) não existe muita diferença entre ler e pensar. Segundo ele, a leitura é um pensamento estimulado pela língua escrita, em que a atividade cerebral toma como foco principal a compreensão de um texto escrito. Afirma ainda o autor que a leitura é uma atividade construtiva e criativa; nas palavras do autor a leitura é objetiva, é seletiva, é antecipatória e é baseada na compreensão. Fica claro, portanto, que a leitura é uma habilidade que envolve uma engenhosa e complexa atividade cognitiva e metacognitiva, fazendo do leitor um sujeito ativo no processo de leitura.
           De acordo com Pereira (2009), algumas variáveis determinam as diferentes estratégias de leitura adotadas pelo leitor para a compreensão do texto: a) objetivo de leitura; b) conhecimento prévio do conteúdo e das condições de produção do texto; c) tipo de texto e d) estilo cognitivo do leitor.
Entendendo a compreensão como a base e não uma consequência do processo de leitura, o leitor, considerando as variáveis acima, promove no cérebro uma engenhosa relação de custo e benefício em que cognitivamente e metacognitivamente é escolhida a estratégia de leitura para aquele fim.
Por exemplo, quando o que se procura é uma informação específica num texto já lido, como o ano de um evento, por exemplo, a estratégia mais adequada é scanning. Não faz sentido para esse fim uma leitura detalhada.
Em algum momento, todos podem ter dificuldade de significar algum texto.
Provavelmente, muitos leitores têm dificuldade de significar uma bula de remédio, por exemplo.
           Além das variáveis acima, estabelecidas e aceitas pelos pesquisadores, cabe o destaque para outra variável que pode ser entendida como um desdobramento das variáveis já expostas: o nível de proficiência do leitor. Um leitor ainda não proficiente usa todos os seus recursos cognitivos na decodificação, por isso a compreensão daquilo que lê é baixa ou inexistente. São necessários prática e exercício para automatizar vários processos durante a leitura de tal forma que a demanda dos recursos



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