por parte do leitor, da estratégia de leitura adequada para determinada situação de leitura. Claro está que essa interação de memórias não é possível quando o leitor, por conta da não automatização da decodificação, não abstrai sentido do que lê.
As estratégias de leitura têm função importante e determinante na busca da reconstituição do sentido. Essas estratégias podem ser consideradas como operações cognitivas e metacognitivas de que o leitor lança mão durante a leitura para reconstruir o sentido pretendido pelo escritor. Pereira (2009) denomina as estratégias de leitura como procedimentos cognitivos que o leitor utiliza dependendo da situação de leitura.
Várias classificações das estratégias de leitura são possíveis dependendo dos critérios adotados. As estratégias podem ser classificadas em cognitivas ou metacognitivas (LEFFA, 1996). As estratégias cognitivas são inconscientes e intuitivas e se desenvolvem a partir do início da aquisição da leitura, aperfeiçoando-se com o tempo e a prática, conduzindo o leitor a uma automatização de boa parte dos processamentos. Sob essa perspectiva várias presunções são possíveis: de que aquilo que o escritor escreveu seja verdade; de que o texto está escrito da esquerda para a direita, etc. As estratégias de natureza mais externa, também chamadas de estratégias metacognitivas, exigem do leitor um monitoramento mais consciente. Kleiman (1993) ressalva que essas operações são realizadas de forma estratégica e não através de regras, por isso a denominação preferível de estratégias de leitura.
A leitura envolve, portanto, uma série de estratégias cognitivas e metacognitivas para a compreensão do texto. Metacognitivamente, um leitor proficiente utiliza vários procedimentos ou estratégias para atingir seu objetivo com a leitura. Vários pesquisadores tratam das estratégias de